segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Interinamente falando...

Mas não sou eu o band-Aid da administração pública de Foz do Iguaçu e sim a Vereadora Inês da Saúde, eleita pelos seus pares como presidente da Casa de Leis e consequentemente, dado o imbróglio jurídico do pleito passado, assumiu interinamente a chefia do executivo, até que novas eleições sejam realizadas, se é que serão realizadas.

Apostando em uma nova vitória, o deputado estadual Chico Brasileiro tomou, no meu ponto de vista, as rédeas da administração, já que a vereadora que ocupa o cargo máximo da cidade, é do mesmo grupo político. É uma jogada interessante pois, colocando suas ideias em prática acaba fazendo com que a cidade não perca mais três, quatro ou seis meses de incertezas. Mesmo incerto, a coisa começa a andar rumo a uma estabilidade política e administrativa, e não são poucos os desafios a serem implementados.

Pelo lado do executivo, há uma dívida milionária, principalmente na saúde, a ser quitada e pelo bem do futuro, não deve ser protelada. No caso da saúde, com a intervenção estadual no Hospital Municipal, ganha-se tempo e recursos para que seja sanada a questão financeira e por outro lado, tempo suficiente para que um novo projeto de gestão da saúde seja amplamente discutido e implementado com tempo e pelo jeito o primeiro passo foi dado, não sabemos o resultado que obteremos, mas o nome de Joel de Lima para encabeçar tais diretrizes permite que possamos visualizar o futuro com uma certa tranquilidade, capacidade sei que tem.

Vem o desafio do executivo também com a malha viária da cidade, um verdadeiro queijo suíço que já causa acidentes no perímetro urbano da cidade. Mas é uma coisa que não se realiza do dia para a noite. Podemos chutar um período de dois anos para que os buracos deixem de ser nossa realidade. E tem mais, se faz necessário fazer bem feito uma vez para que, na próxima chuva, surjam novas covas onde o povo, de forma sarcástica, coloquem mudas de bananeira.

Já na outra casa, a de leis, se espera um legislativo que não se limite a conceder títulos honoríficos a quem merece ou analisar pedidos de suplementação de verbas orçamentárias. Temos casos urgentes a serem discutidos com a população e, principalmente, com as entidades representativas do município, entre elas, destaco, novamente, o ano de 2023, que está ai, bem pertinho, faltam só seis anos e o atingiremos e, nesta data, finda-se a obrigação da Itaipu Binacional em repassar os royalties da geração de energia elétrica. Vamos esperar chegar pra ver no que vai dar? Acredito que não seja o melhor caminho. 

Já faz tempo de deveríamos estar com um olho atento à situação mas nada é feito, inclusive nas eleições impugnadas de outubro, nenhum candidato, seja a vereador ou a prefeito, mencionou o tema como prioridade. Falo isso pois estou convicto que protelar o assunto, vai gerar mais problemas a população que o estrago que ocorreu na saúde pública do município, atinge o funcionalismo da ativa, aposentados, e todo serviço de infraestrutura necessária a cidade.

Portanto, os eleitos não terão vida fácil e os munícipes também não pois devem participar de todo processo e o momento de se construir o alicerce para o futuro é agora, la adiante poderá ser tarde demais.

Ótima semana à todos.

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